Interação, parabéns e orações encerram o seminário 30 anos Fethemg

Após os debates realizados no dia 3 de maio, último dia do seminário alusivo aos 30 anos da Fethemg, as lideranças sindicais dedicaram um momento de integração entre elas e para conversar sobre assuntos internos. Falaram, por exemplo, sobre as negociações em torno das convenções coletivas.

Depois, uma pausa para a oração. Foi em agradecimento à trajetória percorrida nas últimas três décadas, com o pedido de que a federação continue forte, unida e atuante em torno de objetivos comuns.

E, como em toda boa comemoração, não faltou o “Parabéns para você”. Afinal, são 30 anos de existência.

Considerado um sucesso pelos participantes, o seminário foi encerrado com a foto oficial do evento e distribuição de relógio a cada entidade filiada. E quem venham os próximos anos.

 

Reforma política e diálogo com as entidades patronais

O seminário 30 anos Fethemg teve continuidade na manhã do dia 3 de maio. A palestra de abertura foi sobre a reforma política, com Marcelo Martins Vieira, doutor em Ciência Política, professor Adjunto e coordenador do Centro de Política Comparada da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Segundo ele, reforma política é sempre uma aposta e nunca se sabe exatamente quais os resultados práticos. Por trás de uma medida aparentemente simples pode haver repercussões imprevisíveis. Por isso, alerta Marcelo, é preciso ficar atento, conhecer bem a proposta apresentada e refletir muito sobre o que se quer e para onde caminhar.

Após a palestra do professor da UFES houve um momento de diálogo e interação com as entidades patronais. Presentes, Marcos Vinicius Rocha Savoi (presidente do Sindilurb); Carlos Eduardo Alves de Queiroz (Presidente do Sindicon) e Renato Fortuna Campos (presidente do Seac e da Febrac).

De acordo com o presidente da Fethemg, Paulo Roberto da Silva, apesar dos interesses aparentemente divergentes, há objetivos comuns e as entidades precisam caminhar juntas para garantir o equilíbrio nas relações de trabalho. Não existe trabalhador sem empresa e nem empresa sem trabalhador.

A manutenção desse diálogo, portanto, é imprescindível para avançar na manutenção de empregos e construção de acordos trabalhistas que sejam benéficos para as categorias representadas. “Temos divergências, sim; mas preservamos o respeito mútuo”, conclui Paulo Roberto.

O último dia do seminário foi marcado também por orações em agradecimento aos 30 anos da Fethemg e teve até o “Parabéns para você” aos final dos debates.

Reflexões sobre a 4ª Revolução Industrial e a Reforma Tributária

Esses foram os temas que marcaram, no dia 2 de maio, o seminário comemorativo dos 30 anos da Fethemg, realizado no Hotel Diamantina, em Guarapari (ES). Logo cedo, às 8 horas, as lideranças sindicais começaram a ocupar seus espaços no auditório.

Os temas foram definidos a partir de sugestões das próprias lideranças sindicais. Para discorrer sobre a 4ª Revolução Industrial, foi convidado o doutor em Sociologia e professor titular da UFMG, Jorge Alexandre Barbosa Neto.

Ele fez uma explanação a respeito das revoluções industriais anteriores e seus efeitos sobre o mercado de trabalho e a classe trabalhadora. Ressaltou que, desde a 1ª revoluçaõ industrial, a tecnologia vem substituindo o trabalho humano, com consequentes reflexos no nível de empregabilidade e produtividade.

Infelizmente, ao longo da história, o progresso tecnológico não tem sido acompanhado pela distribuição da riqueza. Agora, mais do que nunca, é preciso buscar alternativas para essa nova era que não tem volta.

A Reforma Tributária ficou a cargo de Cláudio Simões Salim, Administrador e Contador e professor universitário da UFES. Ele apresentou um panorama da carga tributária existente no Brasil nos tres níveis de governo (União, Estados e Municípios) e seus impactos no processo de produção e nos bolsos dos brasileiros

Ressaltou o que todos já sabem: no Brasil se paga muito imposto e não se tem o retorno adequado. Chamou a atenção, no entanto, para a complexidade do tema e da dificuldade de se realmente fazer uma reforma tributária que atenda aos interesses do país e da população. Principal motivo: falta de vontade política.

As palestras foram seguidas por almoço coletivo e os participantes tiveram a tarde livre para o lazer em Guarapari, um dos principais destinos turísticos do Espírito Santo.